Surgiu na Antigüidade, quando os homens pescavam nos rios e mares para alimentar sua família ou comunidade. Saber quais "espécies"
eram melhores ou piores, quais podiam ou não ser consumidas, quais
eram ou não venenosas, já constituía, por assim dizer, uma forma muito
rudimentar de Aquarismo.
Há
4000 anos os egípcios começaram a desenvolver algumas técnicas para
manterem peixes vivos em cativeiro, para consumo. Já conheciam o vidro e
projetos para construção de tanques, que foram utilizados com
eficiência. A manutenção dos espécimes era por pouco tempo, pois não
havia técnicas avançadas para limpeza e oxigenação constantes para
manter o "ritmo biológico" dos tanques equilibrado.
Em
1922 o Brasil conhece sua primeira exposição de peixes, na Exposição
da Independência, na qual os japoneses exibiram seus belíssimos
exemplares de carpas e kínguios em aquários, causando impacto e
despertando interesse de muitas pessoas. Essa atividade por aqui era
inédita.
Atualmente
a tecnologia aquarística mundial encontra-se muito aperfeiçoada e em
franco desenvolvimento, principalmente nos Estados Unidos e Alemanha
(detentores de tecnologia de ponta), o que nos permite criar de um
simples peixe-japonês até um complexo aquário marinho com delicadíssimas
espécies de corais, esponjas, outros invertebrados e peixes.
Nos últimos anos, vem aumentando o número de criadouros de peixes em
todo o mundo e aqui no Brasil não poderia ser diferente, isso porque
temos grandes áreas em nosso território que podem ser aproveitadas para
exploração desta técnica. Uma vez que, para desenvolver um bom criadouro
de peixes, precisamos de um bom espaço. Mas que, em grandes
propriedades de criação de gado e de plantio, é fácil arrumar um canto (
alguns hectares ) para escavar os tanques.
Segundo o "Ministério da Agricultura",
uma das técnicas mais baratas e de fácil manuseio, é a de "tanques
rede". Além de não precisar-mos alagar grandes áreas e também por não
atrapalhar outras atividades da propriedade, a criação de peixes em
tanques rede requer um baixo investimento e uma alta densidade de
estocagem de espécies, temos uma grande perspectiva de expansão. Mas
ainda temos outras vantagens sobre a criação de peixes em viveiros
naturais.
Em um âmbito nacional, sobre o grande potencial que representam os quase
seis milhões de hectares de águas represadas nos açudes e grandes
reservatórios, construídos principalmente com a finalidade de geração de
energia hidroelétrica, e, em Mato Grosso do Sul, com seu imenso
recurso hídrico natural disponível, a piscicultura no Brasil está apenas começando.
A criação de peixes em tanques rede é muito incentivada por parte do
governo e do setor privado pois o Brasil tem grandes áreas inativas que
podem, muito bem, servir para esta prática. Além do que, o objetivo é
transformar esta prática em comércio direto através de industrias que
podem, num futuro não muito distante, colocar o país no ranking dos
maiores exportadores de peixes de água doce no mundo.
O próprio Ministério da Agricultura dá algumas dicas de como escolher o
local adequado, medidas e manejo dos tanques. Segue texto abaixo:
"Em geral, a criação de peixes em tanque, é feita em
estruturas retangulares que boiam na água e confinam peixes em seu
interior. Esse tipo de equipamento é formado por flutuadores (canos de
PVC, galões, bambu, bombonas, isopor) que sustentam redes de náilon
submersas na água, plásticos perfurados, arames galvanizados revestidos
com PVC ou ainda telas rígidas. O formato retangular permite uma
melhor passagem e renovação de água dentro dos tanques rede, removendo os dejetos produzidos pelos peixes.Além disso, os tanques rede
devem ser cobertos para prevenir a ação de predadores, furtos e
oferecer sombreamento a fim de impedir a incidência de raios UV e
diminuir a visão dos peixes, reduzindo o estresse e melhorando o
sistema imunológico dos mesmos.
Recomenda-se utilizar tanques rede de até 10 m3, pois
facilita o manuseio e é mais vantajoso do ponto de vista produtivo e
econômico pela maior facilidade de renovação da água. Esses tanques rede poderão ser colocadas em represas que possuam profundidade mínima de 3 metros.
A tecnologia empregada atualmente permite produzir em média 300
kg/m3/ano, resultados obtidos principalmente com o cultivo de tilápias,
pacus e pintados.
Alguns criadores utilizam curimbatás e cascudos também dentro dessas gaiolas a fim de efetuarem a limpeza das malhas, local onde fixam-se os vegetais (algas) que dificultam a renovação de água. Vale frisar que nesse tipo de cultivo de peixes há uma dependência exclusiva de ração e que a criação de peixes em tanque, trata-se de uma criação intensiva cujo resultado final é uma alta produtividade."
Alguns criadores utilizam curimbatás e cascudos também dentro dessas gaiolas a fim de efetuarem a limpeza das malhas, local onde fixam-se os vegetais (algas) que dificultam a renovação de água. Vale frisar que nesse tipo de cultivo de peixes há uma dependência exclusiva de ração e que a criação de peixes em tanque, trata-se de uma criação intensiva cujo resultado final é uma alta produtividade."
A Piscicultura no Rio Grande do Sul:
Uma das cidades que mais investe nesta prática é Uruguaiana, através da "
" no Campus Uruguaiana, onde o setor de piscicultura ocupa uma área de 4 hectares com barragem, mais de 40 tanques e modernos laboratórios de limnologia e reprodução. No ensino atende alunos dos cursos de zootecnia e agronomia e oferece estágios curriculares e extracurriculares. Na pesquisa desenvolve trabalhos com peixes exóticos e espécies nativas de interesse comercial da bacia do Rio Uruguai. A piscicultura regional é incentivada através de projetos e atendimento técnico aos produtores rurais da fronteira oeste do RS. Veja imagem ao lado.
Na localidade de Capivaras, interior de "Tapes",
o produtor rural Juarez Petry que tem como atividade principal o
cultivo do arroz, mas à algum tempo descobriu e vem se dedicando também à
piscicultura.
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Na
propriedade da família, Petry preparou um tanque de 3.000 m², que
fica dentro de uma barragem, para onde transferiu 50 mil alevinos de
três espécies de carpas: húngara, capim e cabeça grande, variedades que
se adaptam bem à região e que tem uma terminação satisfatória.
No interior de "
Porto Alegre",
os produtores rurais, através do Sindicato Rural e do Senar, puderam se
aprimorar na atividade através do curso Criação de Peixes de Água
Doce, ministrado pelo técnico Fábio Miguens, da "Universidade Federal de Pelotas", sendo que a criação de peixes em açudes está se tornando uma das atividade que mais creceu nos últimos 2 anos no município.
Registro e Licença para Piscicultura:
Compete ao "MPA" a organização e manutenção do Registro Geral da Atividade Pesqueira - "RGP", instrumento do Governo Federal que visa a contribuir para a gestão e o desenvolvimento sustentável da atividade pesqueira, em atendimento ao disposto na "Lei no 11.959, de 26 de junho de 2009".
Dentre as categorias que devem estar inscritas no RGP, está a de
Aquicultor, que conforme definição da Lei da Pesca e Aquicultura, é a
pessoa física e jurídica, que registrada e licenciada pelas autoridades
competentes exerce aquicultura com fins comerciais.
Antes de iniciar uma aquicultura é necessário que o interessado tenha a
licença ambiental, a ser requerida junto ao órgão ambiental
competente, no estado em que se localiza a atividade.
Devido a muitas dificuldades relacionadas ao licenciamento ambiental,
pouco são os aquicultores instalados, que alcançaram a produção
aquícola de maneira legal.
Assim, pouco são os aquicultores que possuem a Licença de Aquicultor, documento que caracteriza o produtor como um Aquicultor Legal.
Para fazer o registro, acesse o link: "www.mpa.gov.br/registro-e-licenca-de-aquicultura"
Curso para piscicultures:
A "
" atende e orienta 3.633 piscicultores e 2.538 pescadores artesanais do Rio Grande do Sul como forma de promover o desenvolvimento da atividade no Estado. Com isso, em algumas regiões registrou-se o crescimento e a profissionalização do comércio do pescado, através das Feiras do Peixe promovidas pela Instituição em parceria com as administrações municipais, produtores e/ou associações de produtores. Além disso, a "Emater/RS-Ascar" oferece cursos de criação e de processamento de pescado para técnicos e piscicultores nos Centros de Treinamento, orientando na condução da despesca, promovendo o manejo, a construção e a adequação de açudes e apoiando o desenvolvimento da pesca artesanal.
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" atende e orienta 3.633 piscicultores e 2.538 pescadores artesanais do Rio Grande do Sul como forma de promover o desenvolvimento da atividade no Estado. Com isso, em algumas regiões registrou-se o crescimento e a profissionalização do comércio do pescado, através das Feiras do Peixe promovidas pela Instituição em parceria com as administrações municipais, produtores e/ou associações de produtores. Além disso, a "Emater/RS-Ascar" oferece cursos de criação e de processamento de pescado para técnicos e piscicultores nos Centros de Treinamento, orientando na condução da despesca, promovendo o manejo, a construção e a adequação de açudes e apoiando o desenvolvimento da pesca artesanal.
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